O produtor Genésio Buequi conseguiu aproveitar apenas 35% da produção dos 6 mil pés de tomate plantados
Mais de um mês depois que o estado passou pelo seu pior período de chuvas, os produtores de tomate de Venda Nova do Imigrante, na Região Serrana, ainda amargam os prejuízos na lavoura. Pouco mais da metade da produção foi perdida e não há expectativa de recuperação.
De acordo com o os dados levantados pela Secretaria de Agricultura do município, a perda de produtividade representou 54% da produção esperada entre os meses de dezembro do ano passado e fevereiro deste ano. O prejuízo em reais chegou a pouco mais de R$ 14 milhões.
O município de Venda Nova é um dos maiores produtores de tomate no Espírito Santo, com cerca de 250 hectares plantados, com média de produtividade 70 toneladas por hectares. Um dos produtores que contribui para esses números elevados é Genésio Buequi, 44 anos, que planta o fruto há oito e pela primeira vez perdeu quase toda a lavoura.
Dos seis mil pés plantados por ele, na localidade de Alto Caxixe Frio, apenas 35 % do tomate foi aproveitado. “A expectativa era que colhesse 1700 caixas, mas depois das chuvas só deu para aproveitar 600. Tomei um prejuízo de R$ 14 mil”, conta o produtor. Além disso, o tomate que foi colhido e enviado para venda não tem padrão comercial.
lavoura perdida “Praticamente não há tomate do estado no mercado, e a tendência é o preço aumentar e o consumidor encontrar um fruto sem padrão e mais ácido. Para suprir essa demanda teremos que comprar tomate de outros estados”, explica o técnico agrícola, Woelpher de Freitas.
Para os produtores a única alternativa agora é eliminar os pés perdidos e recomeçaram, sem expectativa de recuperação pelo que foi perdido. “Agora é pedir a Deus e ao governo uma ajuda. Fiz empréstimo junto ao banco e não tenho como pagar”, lamenta Genésio.
Segundo o secretário de Agricultura Sávio Filete, a prefeitura do município tem ajudado os produtores com melhorias nas infaestrutura, como acerto de estradas de estradas. No entanto, ele explicou que já tem um pedido sendo analisado em Brasília, pelo Governo Federal para prorrogar ou isentar os produtores das dívidas.
Informação: Gazeta Sul.