O objetivo é evitar que a Sigatoka Negra, doença agressiva que destrói as lavouras, contamine os plantios no município.
Na manhã desta quinta-feira (12), o prefeito Bosquinho se reuniu com representantes do Instituto Capixaba de Assistência Técnica e Extensão Rural – INCAPER; do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do ES – IDAF e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vargem Alta, para planejar um seminário de capacitação para os produtores de banana de Vargem Alta.
O foco do seminário, que será realizado no próximo mês, está voltado para prevenção da doença Sigatoka negra, considerada uma das mais preocupantes doenças da bananeira. Segundo o IDAF essa é a doença que mais afeta a cadeia produtiva de banana, no mundo.
Embora não haja registro dessa praga no território do estado do Espírito Santo, a adoção de medidas preventivas em todos os estágios da produção é essencial para evitar que ela atinja as lavouras. Afirmam os especialistas.
Segundo o IDAF, o município de Vargem Alta Produz cerca de 6 mil toneladas de banana, por ano.
Informações sobre a doença.
Foi constatada no Brasil em fevereiro de 1998, no Estado do Amazonas estando presente no Acre, Rondônia, Pará, Roraima, Amapá e Mato Grosso. O desenvolvimento de lesões de Sigatoka e a sua disseminação são fortemente influenciados por fatores ambientais como umidade, temperatura e vento.
O fungo causador da Sigatoka-negra é um ascomiceto conhecido como Mycosphaerella fijiensis Morelet (fase sexuada)/Paracercospora fijiensis (Morelet) Deighton (fase anamórfica).
Os sintomas causados pela evolução das lesões produzidas pela Sigatoka-negra se assemelham aos decorrentes do ataque da Sigatoka-amarela, também ocorrendo a infecção nas folhas mais novas. Já os primeiros sintomas aparecem na face inferior da folha como estrias de cor marrom (Fig. 7), evoluindo para estrias negras(Fig. 8). Os reflexos da doença são sentidos pela rápida destruição da área foliar, reduzindo-se a capacidade fotossintética da planta e, consequentemente, a sua capacidade produtiva.
Danos e distúrbios fisiológicos
A Sigatoka-negra é a mais grave e temida doença da bananeira no mundo, implicando em aumento significativo de perdas, que podem chegar a 100% da produção, onde o controle não é realizado. Devido à sua agressividade, nas regiões onde a Sigatoka-negra é introduzida, a amarela desaparece em cerca de três anos. Ataca severamente as variedades tipo Prata e Cavendish.