O prefeito de Vargem Alta João Bosco Dias (PSB) foi afastado do cargo, temporariamente, após a deflagração da Operação Canudal, que cumpriu 28 mandados de busca e apreensão, no município do Sul do Espírito Santo.
A operação investiga crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, formação de quadrilha, fraude à licitação, tráfico de influência, entre outros. A condução da ‘Canudal’ é feita pelo Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES), por meio da Procuradoria de Justiça Especial e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO).
Além do prefeito, cinco servidores da prefeitura; o presidente da Câmara Municipal, outro vereador e os secretários municipais de Obras e de Agricultura, também, foram afastados.
O Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) informou que os afastamentos foram pedidos à Justiça por considerar que os envolvidos poderiam atrapalhar as investigações. A decisão pelo afastamento foi deferida pelo desembargador Fernando Zardini, do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES).
Operação Canudal
Os mandados foram deferidos pela 2ª Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES), com objetivo de apreender documentos, computadores, mídias e outros materiais, para apurar a prática, em tese, de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, formação de quadrilha, fraude à licitação, tráfico de influência, entre outros.
O nome da Operação é uma referência ao ponto mais alto do município de Vargem Alta, a Pedra do Canudal, com altitude de 870 metros.
As investigações são conduzidas por um procurador de Justiça e seis promotores de Justiça. Atuam na operação 75 Policiais Militares e 4 servidores da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).
Após o cumprimento dos mandados, membros do MP-ES, iniciaram a análise dos documentos e dados apreendidos e tomarão declarações dos investigados, testemunhas e informantes.
Prefeito
A polícia revistou a casa do prefeito João Bosco Dias (PSB) onde foi encontrada uma arma sem registro. Ele explicou que estava começando uma coleção e por isso apenas uma arma foi localizada na residência. O prefeito foi levado para a delegacia para prestar esclarecimentos e foi liberado após um habeas-corpus, segundo o MP-ES.
No Facebook, Em nota, o prefeito disse que respeita a decisão do desembargador e vai se defender. “Isto é legítimo e faz parte do estado democrático de direito. A fiscalização da administração Pública é um dever das autoridades e um direito do povo. Visto que sempre trabalhei dentro da ética e probidade administrativa, com respeito as normas legais no trato da entidade pública, exercerei, na plenitude o meu direito de defesa. Por isso estou providenciando minha defesa para suspender essa decisão liminar”, disse.