Valdinei Guimarães/radiofmz.
Evento aconteceu no dia em que o padre, falecido em 2005, completaria 100 anos de vida. Familiares, amigos e autoridades lembraram a trajetória de Cleto.
O padre Cleto Caliman, clérigo admirado em Venda Nova do Imigrante por incentivar e trazer melhorias para a comunidade, foi homenageado em sessão solene da Câmara Municipal na noite da última quinta-feira (09), dia em que ele completaria 100 anos de vida. O evento, que aconteceu no Centro Cultural e Turístico da cidade, reuniu familiares, amigos e autoridades para lembrar a trajetória de Cleto. Também foi lançado um selo comemorativo em homenagem ao padre.
Na sessão solene, a tribuna foi utilizada para agradecer o trabalho desenvolvido pelo padre em Venda Nova durante seus 90 anos de vida. Vereadores e autoridades do meio político, além de familiares e membros da Igreja, contaram a história de Cleto e sua trajetória pelas cidades por onde passou e viveu. Um vídeo com alguns momentos da vida do clérigo foi exibido durante a sessão. Nas imagens, aparece um padre sempre sorridente e trabalhando com a comunidade. Não faltaram motivos para homenageá-lo.
Foi Cleto Caliman quem criou a Festa da Polenta, mas as realizações do padre foram muitas. A agência dos Correios de Venda Nova, o hospital do município e a primeira escola a oferecer ensino além do primário são algumas das obras conquistadas por ele. “Por onde passou, ele deixou sua marca. Cleto buscava se relacionar com pessoas que poderiam trazer benefícios para as cidades onde viveu, principalmente Venda Nova, que era a terra que ele tanto amava”, conta a secretária de Estado de Turismo e sobrinha do padre, Diomedes Maria Caliman Berger, que participou da homenagem.
Para os familiares, ficou o orgulho das realizações do padre para o município. “Eu acho que tudo o que ele fez não vai acabar, porque o povo de Venda Nova tem vontade de persistir nas coisas boas de trabalho e honestidade, que são muito importantes”, acredita Cacilda Caliman, irmã de Cleto e membro do Coral Santa Cecília, também fundado por ele.
Dentro da família, o padre era um homem simples e brincalhão. “Ele não usava o fato de ser filho de seu Fioravante e dona Marieta para ser alguém. Nunca se beneficiava do sobrenome”, conta o sobrinho do padre, Edson Zandonadi, que usou a tribuna da sessão para homenagear o tio. Edson conta um episódio divertido, que revela o lado cômico de Cleto. “Certa vez, ele se passou por bispo de uma igreja oriental. Cobriu todo o cabelo, colocou óculos escuros e foi almoçar na casa dos pais se passando por outra pessoa”, conta, aos risos, o sobrinho.
O selo comemorativo ao centenário de Padre Cleto não será vendido comercialmente. A tiragem, de pouco mais de mil e duzentos exemplares, foi feita a pedido da Prefeitura e será distribuída entre os órgãos públicos do município. Algumas unidades também foram entregues ao público que assistiu a homenagem.
Padre Cleto Caliman morreu em 06 de fevereiro de 2005 aos 90 anos, vítima de complicações causadas por pneumonia e trombose. Ele também será homenageado na abertura da 36ª Festa da polenta, que começa hoje.