O morador o interior de Alfredo Chaves, no Sul do Estado, ganhou destaque na imprensa, após construir uma Ferrari de Fórmula 1. Em entrevista ao jornalista Wing Costa da Rede Gazeta, o lanterneiro, soldador e artista Jonecir Fabres, de 49 anos, mais conhecido como Jonas, contou como construiu o módulo, réplica que imita com precisão, em vários detalhes, o modelo que correu pela construtora italiana em 1998, 1999 e 2000. O dono do carro levou sete anos para construir a réplica.
“Eu fiz isso porque sou fã de Ayrton Senna, acho que ele plantou uma semente linda com o trabalho que fez. Por isso decidi fazer uma réplica de um F1, pois gosto do esporte”, disse o dono do carro.
Mas como construir um Fórmula 1 no interior do Espírito Santo? “Ela é toda de aço. Fui torcendo as peças. É também um trabalho de reciclagem. Um profissional fez as rodas, o motor é todo forjado”, conta Jonas.
Ele usou base de Fusca, motor Volkswagen AP 2.2 e foi incrementando o trabalho aos poucos. Mas nem tudo é artesanal: outras peças importantes somaram um pouco de aventura à produção do carro. O banco veio, volante e a roupa vieram da Itália e os pneus Jonas foi buscar em Interlagos, em São Paulo.
“Eu não tinha garantia de nada. Botei um dinheiro no bolso e fui atrás dos pneus. Todo mundo dizia que eu não iria conseguir”, Jonas diz emocionado.
Munido de uma foto de seu modelo sem pneus, ele conversou com muita gente até chegar à administração do circuito, que não só deu quatro pneus aro “14 de 15″, como também convidou o construtor para dar uma volta no autódromo quando seu carro estivesse pronto.
Custos e gastos
Jonas não tem vergonha de dizer o quanto desembolsou para produzir o sonho. Foram R$ 120 mil distribuídos em sete anos de trabalho. Mas o dinheiro foi bem investido, de acordo com o montador.
Para mostrar a Ferrari à nossa equipe, o soldador chegou em uma Saveiro 86, a “Ferrari” que quebra o galho dele na hora de fazer o serviço pesado. E desde o início da construção, a “saveirinho” acompanhou o soldador, que não teve vergonha de mostrar o carro velho.
E quanto custa a Ferrari agora, pronta, rodando e roncando o motor? Para Jonas, não existe preço que pague. Segundo ele, já ofereceram R$ 1 milhão pelo carro. Dinheiro que nem balançou o dono da Ferrari.
“Disseram-me que com R$ 1 milhão eu seria famoso. Mas entre esse dinheiro todo e meu carro, eu prefiro meu carro. Colocar uma criança no banco de um fórmula 1 e ver o sorriso dela não tem dinheiro que paga”, confessa.
Mas o dinheiro não veio fácil. Quando as economias foram encurtando e a Ferrari ainda não estava pronta, Jonas precisou vender algumas ferramentas de sua oficina. O sacrifício valeu a pena e agora ele pretende ganhar com a exibição do carro em eventos.
Fonte: Da Redação Multimídia.