Notícia Capixaba.
A partir desta segunda-feira (03), o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) dará início ao monitoramento da peste suína clássica (PSC), doença que atinge os suínos. O procedimento, que se estende até o dia 30 de março, será realizado em todas as granjas comerciais do Estado, com apoio da Associação de Suinocultores do Estado (Ases).
A médica veterinária do Instituto, Luciana Caldas Zetun, explica que a ação faz parte do Programa Nacional de Sanidade Suídea, coordenado pelo Ministério da Agricultura e executado no Estado pelo Idaf. “O objetivo é comprovar a ausência do vírus da PSC, mantendo o Espírito Santo com o status de livre para a doença. Essa condição confere ao Estado a possibilidade de exportar a carne suína para outros Estados ou países”, diz Luciana Zetun.
O procedimento
Durante o período de realização do monitoramento, aproximadamente 25 profissionais do Idaf, entre médicos veterinários e auxiliares, visitarão as granjas para realizarem coleta de sangue dos animais. Os exames serão enviados para análise laboratorial para comprovar a não ocorrência do vírus da PSC.
Cerca de 60 granjas, distribuídas em 29 municípios, deverão receber os profissionais do Idaf. “Pedimos que os proprietários apoiem a ação, autorizando a realização do trabalho em seus estabelecimentos, afinal, o objetivo é cuidar do plantel capixaba”, diz Luciana Zetun.
Saiba mais
A peste suína clássica é uma enfermidade contagiosa causada por vírus que pode ser fatal aos suínos. A doença causa sérios prejuízos pela facilidade de disseminação e alto índice de mortalidade. Os principais sintomas são febre alta, hemorragias, regiões avermelhadas, entre outras. Em alguns casos, também está diretamente relacionada a distúrbios reprodutivos em suínos. A PSC não é uma zoonose, ou seja, não é transmitida para os seres humanos.
A zona livre de peste suína clássica no Brasil é formada pelas Unidades Federativas do Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e alguns municípios do Amazonas.
A zona livre de PSC conta com um sistema de vigilância sanitária que visa impedir o ingresso e detectar precocemente a reintrodução do vírus, de forma a garantir a manutenção do status sanitário alcançado.