A 5ª edição do Festival e Cinema do Interior (Fecin), realizado no Sítio Histórico de Muqui, no Sul do Estado, divulgou os 12 filmes selecionados que serão exibidos nos dias 09 e 10 de setembro. Dentre os escolhidos, o único produzido em terras capixabas é o Vinillis Frutiferis, de Victorhugo Passabon Amorim, que conta a fábula da árvore cujos frutos são vinis e que os beija-flores com o seus bicos tocam os discos. É a primeira vez que a obra participa de um festival de Cinema.
O curta metragem de 16 minutos é uma mistura de ficção e realidade que junta uma fábula, escrita por Victorhugo, com histórias reais de pessoas de Castelinho e de Vila Maria, comunidades do município de Vargem Alta. “Eu me inscrevi no concurso do Revelando os Brasis, fui selecionado junto com mais 19 pessoas de todo o Brasil, dentre 951 inscritos. Hoje o filme está realizado, teve a sua sessão de lançamento em outubro do ano passado pelo Circuito do projeto”, conta Victorhugo.
O autor e produtor vê a importância de sua obra ter sido selecionada no Fecin entre quase 200 produções do Brasil e do exterior e salienta a responsabilidade de representar o Espírito Santo no festival. “Receber a notícia de que estamos entre os 12 selecionados na mostra competitiva do Festival e sendo o único do Espírito Santo, é muito gratificante pelo trabalho que está sendo reconhecido e também uma grande responsabilidade de ter que representar o nosso Estado dentre tantos outros filmes capixabas de boa qualidade”, acrescenta.
Victorhugo é formado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Espírito Santo e está cursando mestrado em Teatro na Universidade Paris 8 (Saint Dennis), na França. Seus estudos estão voltados para o processo de criação do ator – seja no cinema ou no teatro – que interpreta a sua vida ou experiências vividas entre a realidade e a fantasia. Ele utiliza os atores não profissionais do Vinillis Frutiferis que interpretaram suas vidas junto com a fábula da árvore do vinil.
Sobre futuras produções, Passabon está amadurecendo novas ideias, que ainda estão apenas no papel, como a adaptação do seu filme para o público infantil. Além disso, novos roteiros podem surgir ainda na linha entre a realidade e a fantasia. Como por exemplo, a história de bordadeiras, com os seus bordados, que narram o futuro.