A Casa da Cultura, em Campinho, está recebendo a “Exposição Internacional de Arte Postal”, com peças de mais de 70 artistas de 19 países. Entre as obras apresentadas ao público estão colagens, fotografias, pinturas, desenhos e trabalhos de viés conceitual, organizadas pelas curadoras Tamara Chagas e Gislane Casotti. Os trabalhos ficam expostos até o dia 27 de novembro e a entrada é franca.
A arte postal (ou mail art) é um tipo de manifestação artística contemporânea que utiliza o correio como meio de envio de obras que são, em geral, bidimensionais, do tamanho de cartões postais. Há artistas de várias partes do Brasil: além de participantes do Espírito Santo, há peças enviadas por correspondentes de Santa Catarina, Minas Gerais, Ceará, Rio Grande do Sul e São Paulo.
As participações internacionais vieram de: Argentina, Bélgica, Croácia, França, Alemanha, Grécia, Holanda, Itália, Noruega, Romênia, Suíça, Espanha, Reino Unido, Uruguai e Estados Unidos. “Um dos nossos objetivos é proporcionar aos espectadores da mostra um momento de enriquecimento estético e de reconhecimento da diversidade linguística”, diz Tamara Chagas.
Sobre a arte postal
A arte postal (ou mail art) é um tipo de manifestação artística contemporânea que teve grande expressão durante os anos 1970 e 1980, e sobrevive ainda hoje. O modo de exposição é democrático: todos os que enviam trabalhos participam da mostra, de maneira que não há seleção, nem premiação. As obras também não são devolvidas. Os temas das exposições são diversos e podem variar de acordo com a criatividade e o objetivo do proponente.
Alguns dos expoentes da arte postal são o uruguaio Clemente Padín – que participa desta exposição – e o brasileiro Paulo Bruscky. Na América Latina, particularmente, muitos artistas viram na arte postal um meio de veicular trabalhos com conteúdo crítico a conjuntura sócio-política da época, burlando, assim, a censura que havia nesses países, imersos em ditaduras.