“Falta de verba do governo federal é o motivo de mais um atraso para o início da obra”.
Recordista em acidentes e campeã em insegurança, BR 262 ficou sem duplicação após fracasso da privatização tentada por Dilma. A obra de duplicação da BR-262, entre Viana e Victor Hugo, com previsão de início no segundo semestre de 2015 só deve começar em 2016. O motivo é a falta de verba do governo federal. O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit-ES), que cuida das estradas federais no Estado, afirma que nenhuma obra será suspensa, mas elas serão adiadas para não haver o risco de paralisação após o início dos trabalhos.
Outra obra que vai ficar para o ano que vem é construção da BR-447, que vai ligar a BR-101, em Cariacica, ao Porto de Capuaba, Vila Velha. Essa construção faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e está orçada em R$ 139 milhões, com previsão de conclusão de três anos.
De acordo com o superintendente do Dnit-ES, Antonio Guanabarino, a orientação nacional é focar na manutenção das estradas. Ele destaca que para este ano órgão tem em caixa R$ 43 milhões para obras de manutenção.
O superintende afirma que o projeto executivo da duplicação da BR-262 já está em andamento e a licitação da BR-447 já foi feita. Porém, ele diz que as obras não vão começar este ano para não haver o risco de a obra ter de parar no meio por falta de recurso.
“São obras vultuosas que queremos começar sem risco de paralisação. Temos que ter uma disponibilidade e uma sinalização de recurso financeiro suficiente para não haver interrupção”, disse à Rádio CBN Vitória.
Sem garantia de verba
Apesar de afirmar que as obras começam em 2016, o superintendente do Dnit disse que não há nenhuma garantia de que haverá dinheiro no próximo ano.
“A expectativa é grande, mas é prematuro falar de garantias. Mas são obras importantíssimas, do PAC e elas são prioridades do governo federal. Não vejo motivo para haver mudança nessa ação que está prevista”, afirmou. A duplicação da BR-262 contempla um trecho de 51 km. O investimento será de R$ 510 milhões e a previsão é que as obras durem cerca de quatro anos.