Redação
A partir de uma denúncia ajuizada em 2013 pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Colatina, a Justiça condenou e, ao final, decretou a prisão da ex-primeira-dama do município e de mais duas pessoas condenadas por lesar o patrimônio público, por intermédio de uma associação de caridade. Os réus já tinham sido condenados em primeiro grau a sete anos e seis meses de reclusão, em regime inicialmente semiaberto, mas recorreram ao Tribunal de Justiça, que manteve a condenação e expediu os mandados de prisão.
Na denúncia, o MPES sustentou que a Associação Damas de Caridade de Colatina era utilizada desde 2008 para desvio de verbas públicas. Os valores eram repassados pela Secretaria Municipal de Assistência Social, comandada na época pela ex-primeira-dama. O MPES apontou ainda que os desvios, feitos por meio de recibos de pagamentos autônomos falsos, alcançaram quase R$ 56 mil na época dos fatos.
Os envolvidos foram denunciados pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, uso de documento falso e peculato. Os fatos foram investigados pelo MPES por meio da Operação “Jogo de Damas”. A partir de interceptações telefônicas e depoimentos de testemunhas, o MPES verificou que a primeira-dama e a Associação Damas de Caridade de Colatina atuaram para influenciar o depoimento das pessoas ouvidas durante a investigação e para regularizar os documentos falsos.