Giovana Schneider
A casa que pertenceu ao comerciante José Henrique Pereira. Ela foi construída em 1930, para servir de residência ao seu guarda-livros. Localizada em uma área que mais tarde ficou conhecida como Vila Eunice, essa residência abrigou várias gerações e testemunhou inúmeras histórias familiares. O filho de José Henrique, Osvaldo, residiu na casa até 1956, quando decidiu vendê-la para seu cunhado, João Stein. Este, por sua vez, manteve a propriedade até 1963, momento em que Antenor dos Santos Braga a adquiriu. Antenor dos Santos Braga se estabeleceu na casa, que acabou passando para sua filha, Neuza Braga, tornando-se a última proprietária conhecida. Esta casa, carrega consigo um pedaço importante da história local. De acordo com Jair Littig, foi Ondina Pereira, filha de José Henrique Pereira, quem mencionou o nome Vila Eunice. No entanto, ele lamenta não ter mais acesso às anotações que fez na época sobre esse relato, o que deixa algumas lacunas na história detalhada do local.
Essa sequência de posse reflete a importância da casa não apenas como uma estrutura física, mas como um repositório de memórias pessoais e familiares. Cada proprietário deixou sua marca nela. Embora algumas informações tenham se perdido com o tempo, a história continuou.
E agora na VILA EUNICE, reside a ESCOLA MUNICIPAL MAURO CHRISTO.
Foto Giovana Schneider em 2024
O passado é uma fonte rica de histórias que podem ser tanto pitorescas quanto tristes, e desvendar esses fatos é uma jornada fascinante e educativa. Lugares que outrora foram belos e cheios de vida, como aquele com muitas árvores frutíferas, carregam consigo memórias que moldam a identidade de uma comunidade. No entanto, a passagem do tempo pode transformar esses locais, deixando-os abandonados e, muitas vezes, cercados de lendas e mistérios.
Como é importante preservar a história e a memória desses espaços. Conhecer e relembrar esses fatos não é apenas hilário, mas também uma maneira de manter viva a conexão com nossas raízes e compreender melhor as transformações que ocorrem ao longo dos anos. O lugar que antes existia uma bela casa com um belo pomar, agora temos uma bela escola. Este lugar, que já abrigou inúmeras memórias familiares, hoje é um centro de aprendizado e crescimento para muitas vidas.
O que o futuro reserva para este lugar, ninguém pode prever com certeza. Porém, o desejo é que a cultura e o conhecimento continuem a florescer e a se expandir. Que cada aluno que passe por ali leve consigo não apenas o conteúdo aprendido, mas também valores, experiências e a inspiração para construir um mundo melhor.
Quem foi Mauro Christo, a quem se atribui o nome desta linda escola?
Natural de Rio Fundo, nasceu em 3 de outubro de 1946, filho de José João Christo e Herminia Borgo Christo. Foi casado com Juraci Medeiros Christo e teve dois filhos: Fábio e Mônica. Atuou como professor de História e Português, tendo estudado no Seminário De Santa Isabel antes de retornar a Marechal Floriano em 1968. Desempenhou funções como Professor Administrador e Secretário Geral da CNEC em Marechal Floriano (atualmente conhecida como “Emílio Oscar Hülle”), onde também lecionou. Foi vereador em Domingos Martins nos períodos de 1972 a 1976 e 1978 a 1982, quando os vereadores não recebiam remuneração. Serviu como Juiz de Paz em Marechal Floriano por mais de uma década e também trabalhou como contabilista rural. Era um membro ativo da igreja católica. Candidatou-se à prefeitura de Marechal Floriano em 1992, mas não obteve votos suficientes para ser eleito. Participou ativamente na luta pela Emancipação de Marechal Floriano/ES. Faleceu aos 63 anos, em agosto de 2010. A escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Mauro Christo foi inaugurada em 05 de fevereiro de 2024.
A essência deste lugar perdurará para sempre.
Alguns locais possuem uma carga emocional tão forte que, mesmo que sejam alterados ou até destruídos com o tempo, sua essência permanece viva.
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Uma resposta
Excelente matéria! Parabéns!