Simbologia dos Cemitérios na Cultura e na História de Marechal Floriano

Por Giovana Schneider

Na pré-história, surgiram os primeiros locais de sepultamento, inaugurando a tradição humana de reservar áreas específicas para os falecidos. Esses lugares não se limitavam apenas a servir como túmulos, mas também refletiam as crenças, rituais religiosos e costumes culturais do período em questão. 

O local de descanso final é um espaço que merece respeito e deve ser mantido em ordem. Não poder se movimentar livremente ao entrar em um cemitério é algo considerado desrespeitoso com aqueles que ali repousam. 

Pense em explorar um local onde você tenha que passar por cima de sepulturas para andar, com toda certeza, não será uma experiência agradável. É fundamental planejar e organizar adequadamente um cemitério antes de iniciá-lo, no entanto, se isso não foi feito, sempre é possível corrigir. 

Em Marechal Floriano, existem três locais de sepultamento: O cemitério da Igreja Católica Sant’Ana localizado no centro, o cemitério da Igreja Luterana na rua Gustavo Hertel, conhecido anteriormente como Batatal, e o cemitério Municipal próximo ao campo do Apollo XIII, sendo este último o mais recente.

 Não há uma data precisa sobre o início das atividades do cemitério da Igreja de Sant’Ana. 

Segundo Jair Littg: “O primeiro registro de falecimento do cemitério particular da Estrada do Batatal foi de 1895, conforme abaixo;

Este cemitério era da família Rupf. La foram sepultados católicos e luteranos. Anna Degen foi enterrada no cemitério luterano, ela que doou o terreno da Igreja Católica, faleceu em 13 de abril de 1918, e já tinha a igreja, provavelmente não existia o cemitério, já que a igreja foi fundada em 1916.

Paulo Schunck nasceu na Colônia de Santa Isabel em 03 de agosto de 1864, filho de Antônio Schunck e Bárbara Agneus Statzner. Paulo faleceu em 13 de novembro de 1895, com 32 anos, na Vila do Braço do Sul. Foi sepultado no Braço do Sul. Este cemitério está situado na Estrada do Batatal, hoje rua Gustavo Hertel.”

Anna Emilie Rupf

Nasceu em 15 de maio de 1861, na colônia de Santa Isabel.  Em 08 de fevereiro de 1885 casou com Karl Freidrich Dietze. Karl nasceu em 20 de dezembro de 1857, filho de Karl Dietze e Juliane Wilhelmine Reinhardt. Carl faleceu em 17 de junho de 1891, Anna em 15 de abril de 1935. Anna foi sepultada em Marechal Floriano no cemitério Luterano.

Foto do túmulo de Anna, no cemitério antigo de Marechal Floriano. Houve um engano no registro de nascimento constando no túmulo, o ano em que nasceu foi 1861.

Hier Huht Ruhe Sanft

“Aqui descansa em paz”

Foto do acervo Jair Littig – 1995.

No cemitério luterano, pelo que consta é o mais antigo, e tem muitos túmulos de pessoas que vieram para Marechal Floriano quando tudo começou, não sei qual seria o critério, mas poderia ser feito um melhoramento, pois aqui existe também a importância histórica. 

Compreender que a dificuldade de locomoção entre os túmulos pode ser uma situação triste para os familiares que desejam visitar o local da última morada de seus entes queridos. É importante que os cemitérios e locais de sepultamento sejam acessíveis para garantir que as pessoas possam se deslocar com facilidade e conforto. Se existem algumas medidas que podem ser tomadas para melhorar a acessibilidade, seria interessante serem feitas. Além disso, é fundamental que todos estejam cientes das dificuldades enfrentadas pelos familiares e trabalhem para encontrar soluções que atendam às suas necessidades. Um trabalho em conjunto seria o ideal.

A reportagem do sr. João Merísio, zelador dos cemitérios do centro e da rua Gustavo Hertel, publicado no jornal impresso “O Noticiário” em 30 de novembro de 1979, já mencionou que o cemitério estava ficando pequeno. A reportagem completa pode ser encontrada no livro “Marechal Floriano — Resgatando Memórias”, segunda edição, de Giovana Schneider.

Essas informações históricas podem ser úteis para entender melhor a situação atual dos cemitérios em Marechal Floriano.

No mundo existem diversos cemitérios renomados que recebem visitantes de todas as partes devido às suas narrativas, estruturas, obras de arte ou figuras ilustres ali sepultadas. 

Podemos citar o Cemitério da Recoleta, em Buenos Aires, Argentina. É um dos mais antigos e belos cemitérios da América do Sul, com mais de 6 mil túmulos, muitos deles monumentais e artísticos. Entre as personalidades enterradas, destaca-se Eva Perón, a primeira-dama e líder política argentina. 

O principal objetivo deste artigo é o impacto social e cultural que os cemitérios exercem.