Redação
A vacina é uma das maneiras mais eficazes de previr a infecção pela doença, porem como as doses não são suficientes para toda a população, e ainda sem previsão para todos os capixabas, e o pior não estamos vendo as comoções na imprensa e dos artistas iguais do Coronavírus, as primeiras 15 semanas epidemiológicas de 2024 já somam no Espírito Santo um total de 68.839 casos confirmados de dengue em todo Estado.
O Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Espírito Santo (Lacen/ES), que é uma referência nacional em vigilância laboratorial, tem um papel fundamental para a realização do diagnóstico e, consequentemente, no enfrentamento à doença, com a verificação de 48.141 testes de dengue, desde as semanas epidemiológicas (SE) 01 (31/12/2023) e a SE 15 (13/04/2024).
A solicitação para realizar esses testes é feita de acordo com a progressão dos sintomas dos pacientes. Assim como para as demais arboviroses, como a chikungunya e a zika, os exames para diagnóstico da dengue realizados no Lacen/ES são os de biologia molecular e sorologia, além do isolamento viral. Nesse período, foram realizados 20.599 testes de Biologia Molecular (RT-qPCR), 27.307 testes de sorologia e 235 testes de isolamento Viral, utilizados para a vigilância epidemiológica.
O diretor do Lacen/ES, Rodrigo Rodrigues, ressalta que cada método de detecção apresenta diferenças no tempo e forma de coleta, visando à garantia da sensibilidade e especificidade dos testes realizados.
“No método de biologia molecular (RT-qPCR), a detecção do vírus é realizada na fase aguda da doença, isto é, a coleta da amostra biológica deve ser feita até o 5º dia após o início dos sintomas, e pega o vírus ainda circulando. Em contrapartida, a detecção dos anticorpos IgG e IgM é realizada na fase da soroconversão e a coleta da amostra biológica deve ser realizada em pacientes após o 6º dia do início dos sintomas, detectando a resposta imune contra o patógeno. Essa diferenciação e a coleta adequada das amostras são extremamente importantes”, explicou Rodrigues.
Ainda, segundo o diretor, a maioria dos insumos utilizados para a realização do diagnóstico da dengue e das demais arboviroses é adquirida, principalmente, pelo Governo do Estado. “São utilizadas as três metodologias para os testes de arboviroses: teste de sorologia (IgM e IgG), teste de biologia molecular (RT-qPCR) e o isolamento viral, exame de importância para a vigilância epidemiológica. Nesse momento, o Estado está abastecido com todos os tipos de insumo para a realização de testes para dengue e demais arboviroses”, frisou.
O diretor Rodrigo Rodrigues explicou também que, desde os períodos de maior pico da pandemia da Covid-19, o Lacen/ES se estruturou e continua evoluindo continuamente, com o intuito de atender a grandes demandas, sendo o seu parque tecnológico o grande legado da pandemia, além do investimento da gestão, que trouxe um importante retorno à capacidade analítica instalada.
“O Lacen-ES vem se estruturando tanto no quesito parque tecnológico quanto na contratação de servidores capacitados para atender a todas as grandes demandas. Recentemente, com o aumento de casos de doenças sazonais, como a dengue, e com o constante aprimoramento das técnicas, o laboratório recebeu mais um extrator de ácidos nucleicos automatizados, o que totaliza cinco extratores, e implementou o seguimento de nova geração para as arboviroses dengue, chikungunya, Zika, oropouche e mayaro”, disse Rodrigues.
A exemplo dos quatro primeiros meses de 2024, quando o Lacen/ES realizou ensaios moleculares em uma quantidade de 152% maior que a registrada em todo ano de 2023. Com o aumento da capacidade operacional, atualmente, o setor responsável pelos exames em RT-qPCR oferece a capacidade de realizar o diagnóstico laboratorial para mais de 37 agravos de relevância para a saúde pública.
Números da Covid-19 são destaques: mais de um milhão de exames já feitos
Outro dado que demonstra a capacidade técnica do Lacen/ES, ao longo dos últimos anos, é o quantitativo de exames realizados para a detecção da Covid-19. Por meio da metodologia de biologia molecular, com a utilização do RT-qPCR, considerado exame padrão ouro, o Laboratório já realizou, de fevereiro de 2020 ao início de abril de 2024, 1.001.331 exames para a detecção do vírus SARS-CoV-2, a Covid-19.
“Esse marco reflete a dedicação de toda a equipe do Lacen/ES ao enfrentamento à pandemia e também ao vírus, além do compromisso com a saúde pública capixaba e com um retorno importante aos investimentos que recebemos pelo Governo do Estado, além da contribuição de uma expertise técnica ao serviço prestado”, destacou o diretor do Lacen/ES, Rodrigo Rodrigues.