Redação
O Carnaval de 2023 no Espírito Santo apresentou o segundo menor índice de assassinatos desde 2001, de acordo com os dados do Observatório da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp). Das 18h da última sexta-feira (17) até as 23h59 dessa quarta-feira (22), foram registrados 16 homicídios. No domingo (19), nenhuma morte violenta ocorreu em todo o Estado.
O menor registro da série histórica de Carnaval aconteceu ano passado, quando 14 homicídios foram contabilizados. Porém, cabe destacar que em 2022 a folia oficial (shows, blocos, entre outros) não foi realizada, por conta da pandemia da Covid-19, assim como em 2021, que apresentou 19 assassinatos nesse feriado.
Dos 16 homicídios registrados durante o feriado de Carnaval 2023, sete ocorreram na Região Metropolitana da Grande Vitória, três na Região norte, dois na região sul, três na região noroeste e um na região serrana. Dois desses casos foram em locais de festa, sendo um em Marataízes e outro em Jacaraípe, na Serra.
O secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, coronel Alexandre Ramalho, destacou o planejamento das forças de segurança e disse que não existe qualquer clima de comemoração, mas de reconhecimento pelo resultado alcançado.
“Claro que não queríamos nenhuma morte em nosso Carnaval. É um período que historicamente temos problemas, pois além de envolver grandes multidões, tem a questão de consumo em excesso de bebidas, o tráfico de entorpecentes, que não para. Mas entendemos que dentro do possível oferecemos segurança a quem veio curtir o Carnaval no Espírito Santo. A grande maioria das confusões e problemas que registramos foi fora do horário determinado pelas administrações municipais, dos blocos e festas oficiais. Agora, vamos trabalhar para manter índices baixos também no nosso dia a dia”, afirmou Ramalho.
Zero feminicídio e morte de mulheres
Durante os dias de folia, em relação a mortes, um dado a se comemorar no Espírito Santo. Nenhuma mulher foi assassinada durante os dias de folia, seja por causas de violência doméstica, que gera o feminicídio, ou por qualquer fator. Atualmente, no geral, o Estado apresenta redução de homicídios do sexo feminino, sendo oito casos em janeiro desse ano, contra 15 no mesmo mês do ano passado.
“Esse sim é um dado a se comemorar. Nenhuma morte de mulher nesse período, em que elas sofrem tanto com assédio, a questão da violência doméstica. Temos que conseguir tornar essa situação normal. Ninguém é dono de ninguém e o feminicídio é um crime de covardia. Essa cultura tem que acabar. Ficamos sem morte de mulher no Carnaval e esperamos que nenhuma mais ocorra”, disse o secretário Alexandre Ramalho.