quinta-feira,
13 de março de 2025

Geral

Pesquisadores do Incaper registram fungo inédito em batata-doce

Foto: Incaper

 

Redação

 

Pesquisadores do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), lotados no Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Norte (CPDI Norte e Serrano), registraram a ocorrência inédita do fungo Boeremia exigua em folhas de batata-doce. Trata-se do primeiro registro mundial desse fungo na parte foliar dessa importante cultura agronômica.

 

Segundo os pesquisadores do Incaper Hélcio Costa e Inorbert Melo, a doença foi detectada no município de Santa Maria do Jetibá, onde observou-se manchas foliares atípicas para a cultura. “Diferente do que se imaginava, no campo já existe uma interação entre o fungo e as folhas da batata-doce, o que resulta em mancha foliares e, por se tratar de algo inédito, muito ainda deverá ser pesquisado quanto aos riscos desse fitopatógeno à cultura”, relatou Hélcio Costa.

 

Para a confirmação da espécie fúngica de Boeremia exigua utilizou-se uma combinação de dados moleculares e morfológicos. Esse trabalho, publicado na edição de maio de 2020, da revista científica "Australasian Plant Disease Notes", contou com a colaboração dos pesquisadores Robert Barreto, da Universidade Federal de Viçosa (MG), e Adans Colman, da Universidad Nacional de Asunción (Paraguai).

 

Batata-doce é uma importante fonte de alimentação

 

A batata-doce (Ipomoea batatas (L.) Lam.) é uma cultura agronômica com raízes de sabor doce, amiláceos e tuberosos. O tubérculo é relatado como uma das culturas alimentares mais importantes do mundo, pois é uma importante fonte alimentar e rico em nutrientes, fibras e energia. Os tubérculos contêm um alto nível de vitaminas A, C e B6, potássio, fósforo e niacina. As folhas da batata-doce contêm grandes quantidades de vitaminas, minerais, antioxidantes, fibras alimentares e ácidos graxos essenciais, que desempenham um papel vital na promoção da saúde.

 

O tubérculo é nativo das regiões tropicais da América, de onde se espalhou para outras partes do mundo, e requer dias e noites quentes para um ótimo crescimento e desenvolvimento radicular. O Espírito Santo tem, aproximadamente, 300 hectares de área cultivada com batata-doce. No entanto, essa cultura ocupa, aproximadamente, 53 mil hectares no Brasil.

 

“Observa-se nos últimos anos um aumento da área cultivada em decorrência da demanda e da rentabilidade do produto ser positiva. A demanda é o fator que mais chama a atenção, visto que houve aumento significativo nos últimos anos, principalmente devido às características nutricionais. Com aumento da área cultivada atenção maior deverá ser dada às questões fitossanitárias”, explicou o pesquisador Inobert Melo.

 

O artigo pode ser acessado em: https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs13314-020-00390-z

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site, e nos reservamos o direito de excluir. Não serão aceitos comentários que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Confira mais Notícias

Geral

Referência em Colatina, loja Sandro Variedades é alvo de acusações após vender produtos abaixo do preço de custo

Geral

Wanderson Amorim é novo secretário de comunicação de Cachoeiro

Geral

Caso Rayane Berger em Santa Maria de Jetibá: Médico que matou a companheira e forjou acidente irá a júri popular

Geral

Levantamento do Tribunal de Contas mostra que gestores precisam se preparar melhor para Lei de Licitações e Contratos

Geral

Carnaval termina com 40 acidentes e uma morte em estradas que cortam ES

Geral

Portal Notícia Capixaba ganha reforço com chegada da renomada jornalista Angeli dos Anjos

Edital

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA PRESENCIAL

Geral

Estudo do Tribunal de Contas ressalta crescimento do HIV na população capixaba acima dos 60 anos