Colaboração do texto e foto do Clovis Rangel |
O nome dela é Durvelina Magnago Orlandi, mas é carinhosamente conhecida como “Durvê”. No próximo dia 22 de outubro, ela completa mais um aniversário. Este ano a idosa chega aos 101 anos de vida, tornando-se, de acordo com a família, a segunda mulher mais idosa de Alfredo Chaves. Em 2015 ela foi homenageada pela Prefeitura de Alfredo Chaves por sua trajetória de vida.
Nascida em 1916 na comunidade de quarto território, interior do município, aos vinte casou-se com Artur Orlandi, o primeiro cidadão do interior do Espírito Santo a servir o Exército Brasileiro. O marido falecido também foi vereador na cidade por quatro mandatos. Hoje, viúva, ela tem 11 filhos, 23 netos e 14 bisnetos. E apesar da idade centenária é forte, caminha normalmente e conversa com os familiares e vizinhos.
Bem humorada, ela faz questão de comentar sobre seu casamento de mais de 70 anos. “Olha só, quando meu marido retornou do exército, sete mulheres estavam paquerando ele, mas ele me escolheu. Começamos a namorar daquele jeito, com meu pai nos vigiando o tempo todo e eu morrendo de medo dele”, revela.
Apesar da idade avançada, Dona Durvelina fala das lembranças de quando as mulheres vinham do interior para dar a luz na Sede da cidade. “Foram muitas grávidas que acolhi em minha casa para ganhar bebê. Eu sempre ajudava em tudo. Dava comida, roupas e muito carinho”, lembrou emocionada.
Descendente de italianos e austríacos, a idosa vivenciou as principais transformações tecnológicas e sociais de Alfredo Chaves e confessa ter demonstrado estranheza com a chegada do rádio e da televisão. “Achei estranho quando as noites eles se ajuntavam nas casas que tinham o rádio para escutar as notícias e tudo que falavam. Era muito diferente para nossa época”, confessa.
Para seu aniversário, em outubro, a família e amigos irão preparar uma grande festa.