A cidade de Venda Nova do Imigrante tem, não necessariamente nessa ordem, três atores fortes na política local: o atual prefeito Dalton Perim (PMDB), no seu segundo mandato, o deputado federal Evair de Melo (PV) e o ex-prefeito Bráz Delpupo (DEM). Os dois primeiros estão fora da disputa eleitoral, mas suas influências devem pesar muito. Tanto é assim que os atuais pré-candidatos não descartam pedir apoio.
O mais conhecido deles e o nome a ser batido nestas eleições é o ex-prefeito Bráz Delpupo. Foi prefeito de 2001 a 2008 e tem uma grande marca administrativa, construída ao longo dos anos. Deve ser apoiado pelo deputado federal Evair de Melo (PV) e é adversário do atual prefeito. Delpupo vem forte e sonhar sentar-se na cadeira de prefeito novamente. O desafio dos adversários será juntar-se para derrotá-lo.
O atual vice-prefeito Orlando Fileti (PSD) é pretendente à vaga de Dalton Perim. Pela segunda vez no cargo de vice, ele, que é médico, entende ser um nome natural à sucessão e por isso vem conversando com PDT, Solidariedade, PMDB, PDT, PEN e PRP. Orlando conversa também com deputados estaduais e com Evair de Melo. Sobre o prefeito ele adianta que não há nada fechado: “Estamos esperando uma posição”.
O vereador, de primeiro mandato, Tiago Altoé (Solidariedade) também sonha com a prefeitura e, caso chegue lá, pretende uma gestão de mais diálogo com a população. Está conversando com partidos e com o próprio prefeito e esperando o apoio de todos que queiram se somar ao novo governo. “Nossa proposta é renovar a administração, com uma gestão que mostre que os recursos estão sendo aplicados com coerência e que a população participe com diálogo”.
O vereador, no segundo mandato, Chico Folleto (PSB), irmão do deputado federal Paulo Folleto, do mesmo partido, é outro que está discutindo a sua entrada no processo junto ao ex-governador Renato Casagrande (PSB). A orientação, segundo ele, é conversar com todos os partidos que possam ser aliados. “Inclusive o prefeito, que é hoje, inegavelmente, uma forte liderança política local”.
O diretor do Hospital local, Fernando Altoé (PDT), também é um dos nomes trabalhados para a disputa. Ele não é político de carreira, mas goza de prestígio dentro do meio pelo trabalho desenvolvido. Um parceiro importante nessa construção seria o PMDB, do atual prefeito: “Contamos, claro, com todos esses apoios para construir um nome que seja conciliador, e não divisor de forças”. É da sigla do deputado licenciado Rodrigo Coelho, que tem se movimentado na construção dessa candidatura.
Outro nome posto é o do vereador Acácio Cora (PMDB), que está no seu primeiro mandato, mas já sonha em ser prefeito. Segundo ele, o que move é a oportunidade de formar um grupo em defesa da ética e da qualidade de vida da população. Também espera o apoio do prefeito, com quem tem mantido diálogo.
Por fim, o pré-candidato Sávio Fileti (PSD) também está no páreo. Ex-secretário de Agricultura por oito anos e presidente do Forum de Secretário de Agricultura do Espirito Santo, em 2015/ 2016, ele acredita que, diante do descrédito dos políticos tradicionais, a população quer mudança, quer um nome novo. Ele também aposta no trabalho que fez na agricultura e que, entende, ter dado uma cara nova ao município.