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O filme Vinillis Frutiferis do diretor Victor Hugo Passabon foi lançado na noite da última quinta feira (22), na Escola Municipal João Domingos Fassarella, no distrito de Castelinho, como parte da programação do Circuito Nacional de Exibição do Ano V.
O filme relata a história de uma espécie de árvore que dá discos de vinil e toca músicas de acordo com a preferência do dono do terreno. Essa espécie rara cresceu em propriedades do distrito de Castelinho, em Vargem Alta, e precisa que os beija-flores da região toquem seus bicos nos vinis para que a música seja executada.
A história – O distrito de Castelinho, em Vargem Alta, na região serrana do Estado, é a primeira parada do caminhão, adaptado para se transformar em cabine de projeção, onde realizou no pátio da escola a sessão de cinema ao ar livre. A recepção da comunidade em relação ao filme Vinillis Frutiferis, de Victor Hugo Passabom Amorim, é tema do estudo de mestrado desenvolvido pelo diretor na Université Paris 8 Vincennes-Saint Dennis, França.
Durante a gravação e a edição do filme, o capixaba analisou o processo de criação de atores não profissionais que interpretam a própria história em um mundo de imaginação. Ou seja, o diretor criou um roteiro de ficção e convidou moradores da comunidade para interpretarem e improvisarem suas vidas a partir de suas histórias, desejos e sonhos, inserindo tais elementos reais dentro da fantasia criada pelo vídeo.
Nesta segunda etapa de estudos, Victor Hugo aproveitou o lançamento da obra em Vargem Alta para analisar a reação dos espectadores da comunidade diante do filme. E a expectativa para lançamento do filme em Castelinho foi grande, uma vez que diversos moradores do distrito participaram das gravações, tanto em funções artísticas quanto no processo de produção da obra. “O Revelando os Brasis é o melhor projeto do mundo porque atinge as pessoas do interior, onde há menos visibilidade e onde existem muitas histórias diferentes e interessante para contar”, salienta o diretor.
O diretor – Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o diretor cresceu em ambiente de arte e cultura incentivado pela mãe, doutora em Teatro, organizadora de cursos nesta área. Apaixonado por audiovisual, o diretor fez vários cursos livres de teatro e de cinema, abraçou o movimento cineclubista quando começou a faculdade e conheceu o Grupo de Estudos Audiovisuais (GRAV).
Participou da montagem do cineclube na Casa de Leitura e Escrita É o Benedito, no Morro de São Benedito, em Vitória, que organizava sessões abertas e regulares de filmes para toda a comunidade. Neste clima de inclusão, ele também integrou o projeto que possibilitou às crianças do bairro aprenderem de forma lúdica noções básicas sobre enquadramento, movimento de câmera, edição e trilha sonora para a produção das próprias histórias. É um dos fundadores do Cine Vila Clube, no distrito de Castelinho, cujas atividades são realizadas nas escolas envolvendo a comunidade.