Rael Sérgio.
Um policial militar é suspeito de matar com quatro tiros um empresário do setor de mármore e granito Leandro Bergamin Fardin, 34 anos, em Cachoeiro de Itapemirim. O empresário foi executado com três no peito e um na cabeça, e o crime ocorreu na noite desta última terça-feira (04), no bairro Novo Parque em Cachoeiro de Itapemirim.
Leandro morou muito tempo no distrito de São José de Fruteiras, em Vargem Alta, onde trabalhava no ramo de venda de mármore e granito, e atualmente residia numa casa em Cachoeiro.
O delegado dos Crimes contra a Vida de Cachoeiro que investiga o caso, Guilherme Eugênio Rodrigues, confirmou pela autorização do chefe de polícia Joel Lirio Júnior, que se trata de um policial militar. Ele informou que já pediu a prisão do acusado, mas preferiu não divulgar o nome enquanto a Justiça não tiver expedido o mandado de prisão.
No entanto, testemunhas contaram que o autor do crime é um soldado da PM, com quem a vítima teria feito um negócio mal sucedido. Segundo as testemunhas o suspeito chegou ao comércio, onde Leandro estava sentado acompanhado de uma amiga, e o chamou para conversar a poucos metros do local. Logo em seguida ele efetuou os disparos.
Testemunhas informaram ainda que o policial efetuou os três tiros com a vítima ainda em pé e que deu o último tiro quando o empresário já estava caído, fugindo logo em seguida. Leandro ainda foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas chegou morto ao hospital.
De acordo com a polícia, o acusado teria adquirido um terreno em Vargem Alta e deu a caminhonete como parte do pagamento. O veículo foi repassado para Leandro, que descobriu que estava alienado ao banco, com uma dívida de R$ 58 mil a pagar.
O empresário então começou a cobrar a dívida do policial militar. No dia do crime, segundo a polícia, o acusado ligou para a vítima e marcou de se encontrarem para fazer o pagamento.
Leandro foi baleado ao lado da caminhonete que havia acabado de adquirir. Testemunhas disseram que não chegaram a ouvir os dois discutirem.
A família está chocada com o crime: “não dá para entender até agora o motivo de um crime tão brutal. Meu irmão era um rapaz festivo, trabalhador. E o que foi mais doloroso foi ver minha mãe em prantos, chorando”, disse o irmão da vítima Evandro Bergamin Fardin, 38.
“Meu primo era um grande amigo, sempre disposto a ajudar a quem precisava. Não merecia uma coisa dessa”, disse o autônomo Geovani Bergamin, 36.
Leandro foi sepultado na tarde desta quarta feira (05),no cemitério de Fruteiras.