Redação
As mudanças no organismo durante a gravidez começam desde a fecundação, mas os primeiros sinais se tornam mais evidentes após o atraso menstrual. As queixas mais comuns incluem náuseas, vômito, gases, dispepsia, sonolência, indisposição, maior frequência para urinar e muitas dessas alterações persistem até a vigésima semana ou podem seguir até o término da gestação. Após o parto, os desafios são outros e a recuperação do corpo materno sofre impactos interno e externo.
Nesse sentido, o ganho ponderal, a idade e a qualidade do pré-natal são pontos importantes que interferem diretamente no período do resguardo (42 dias após o parto), e contribuem para que algumas mães se recuperem mais rápido e melhor do que outras. “Quanto mais jovem a grávida, mais rápida é a recuperação. Um pré-natal bem orientado, com ganho ponderal adequado e exercícios físicos direcionados para a gestante, auxilia e é essencial para restabelecer o corpo no pós-parto”, explica Watson Viana Vieira, ginecologista e obstetra da Unimed Sul Capixaba.
O médico ressalta que com a evolução da gravidez e o crescimento uterino, várias adaptações do organismo são necessárias. “Dessa forma, é esperado que as gestantes tenham alterações nos sistemas cardiovascular, respiratório, digestivo e ainda no sistema musculoesquelético, resultando em dores nas articulações, lombalgias e adaptação na marcha. Também há registros de alteração no tom da pele em algumas regiões do corpo e surgimento de estrias em mamas e abdômen”.
É importante, segundo Watson Viana Vieira, que as pacientes estejam ativas logo após o parto. “As mulheres que tiveram parto normal já ficam autorizadas a se movimentarem assim que o bebê nasce. Por outro lado, quem faz cesariana deve ficar de repouso por pelo menos seis horas em virtude da anestesia, e em seguida levantar para a redução dos riscos de trombose, restabelecimento do sistema digestivo e do inchaço abdominal,” explica.
Ainda de acordo com o médico, o parto normal permite uma recuperação melhor e mais rápida, uma vez que o corpo da mulher se prepara durante os nove meses para evoluir em trabalho de parto. “Todos os sistemas do organismo se preparam para chegar ao final da gestação e darem conta de parir o bebê. Quando se faz uma cesariana, principalmente a eletiva, existe o risco de o corpo não estar completamente preparado”, explica.
Parto Adequado
Para orientar as gestantes a optarem por um parto seguro e que melhor atenda às suas condições e a do bebê, a Unimed Sul Capixaba desenvolve as boas práticas do Parto Adequado. A iniciativa considera que cada gestação é única e que os riscos e os benefícios de cada tipo de parto devem ser avaliados individualmente, caso a caso.
A enfermeira coordenadora da Linha Assistencial Materno Infantil da Maternidade Unimed, Gabriela Fraga, ressalta que o desenvolvimento da criança no útero da gestante e outros fatores clínicos devem determinar a escolha. “Geralmente, o parto vaginal é a primeira opção, com exceção das situações onde há contraindicações”, destaca.
Na Maternidade Unimed, os partos são realizados em uma estrutura moderna. A sala de parto conta com cama elétrica, banheira, bola de bobath, sonar, cardiotocógrafo e equipamentos para monitoramento dos sinais vitais da mãe e do bebê. “Uma equipe multidisciplinar atua junto ao médico obstetra e tem uma participação ativa no apoio à gestante, ajudando-a em atividades que minimizem a dor do trabalho de parto e garantido a segurança do processo. Esse grupo é formado por profissionais como fisioterapeuta, enfermeira obstetra, anestesista, nutricionista e psicóloga”, explica Gabriela Fraga.
A funcionária pública Kadimila da Silva Lorenzoni Quinelato, de 24 anos, moradora do município de Vargem Alta, acaba de ter o primeiro filho. Arthur nasceu no último dia 3 de setembro e veio ao mundo de parto normal. Para a nova mamãe, a escolha não poderia ter sido melhor. “A minha bolsa estourou à meia-noite, quando eu estava com 39 semanas e quatro dias. Recebi na Maternidade Unimed todos os cuidados e toda a atenção que uma gestante precisa para ter um bom parto”, elogia.
Quanto à recuperação, ela afirma que tem sido maravilhosa. “Engordei pouco mais de 12 quilos e senti um inchaço no final da gestação. Mas, fora isso, tudo tranquilo. Ainda não me pesei, mas já sinto que a barriga deu uma boa diminuída”, afirma Kadimila.
A analista de Relacionamento Empresarial Regiane Dias Lopes Pessine, de 29 anos, teve as duas filhas, Melissa, de 6 anos, e Maísa, de 4 meses, na Maternidade Unimed, e ambas nasceram de cesárea por ser o parto que a deixava mais segura. “Amei o atendimento de toda equipe. Desde o momento da internação até a alta hospitalar fui tratada com muito respeito e atenção”, conta.
O parto da segunda filha aconteceu no dia 30 de maio, com 38 semanas e um dia, e Regiane afirma ter tido muitas mudanças no corpo. “Não engordei tanto, foram 13 quilos a mais, porém senti muitas dores no quadril. Além disso, tive inchaço no rosto e acne”, diz.
Ela afirma ainda que não tem do que se queixar quanto ao período de recuperação do corpo. “Não tive grandes dificuldades nesse processo. Foi bem tranquilo. Tomei os medicamentos corretamente, respeitei o resguardo e fiz o repouso necessário, acompanhados de uma alimentação saudável. Também ingeri muito líquido para ajudar na produção de leite. Meu corpo já voltou ao normal. Ainda estou com três quilos a mais de quando engravidei, mas não é algo que me incomoda. Eu pesava 50 quilos. Com a gestação fui para 63 quilos e hoje estou com 53”, ressalta.