sábado,
23 de novembro de 2024

Fala do presidente do Sinpp-ES sobre os DTs na Ales gera reação negativa, e ele diz que que foi mal interpretado

Por Rael Sérgio

Uma parte da fala do presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Espírito Santo (Sinpp-ES), Denys Mascarenhas, nesta última terça-feira (28), no Plenário Dirceu Cardoso, na Ales, sobre a falta de regulamentação da categoria, recomposição do efetivo e defasagem salarial, sofreu ressalvas entre os funcionários em designação temporária (DTs), e gerou reação negativa na categoria, quando o presidente focou seu discurso na questão da contratação de temporário.

Em sua fala, Denys Mascarenhas disse que, “Por que não usar esse excedente e ficar nessa contratação de temporário? É ruim para o DT e para a instituição. Essas pessoas trabalham de um a dois anos nos presídios e até mais, pegam todas as informações e depois são desligados do sistema. Isso põe em risco o próprio DT. Porque ele não tem garantia nenhuma e, de certa forma, esse profissional acaba se vendendo no presídio. Porque ele chega lá e vai encontrar uma facção criminosa que é vizinha dele, no bairro em que ele mora”.

Em contato com o presidente, ele diz que foi mal interpretado. “”Jamais tive a intenção de provocar, prejudicar os Dts. Inclusive tenho muito amigos. Os Dts que interpretaram errado, peço desculpas, pois não foi essa minha intenção. O problema, são os inimigos, que interpretaram de outra forma”, explicou.

A assessoria de imprensa do Sindicato dos Policiais Penais do Espírito Santo (Sinpp-ES), também enviou uma nota.

Confira na íntegra.

“O Sindicato dos Policiais Penais do Espírito Santo-SINPP/ES, em nome de sua diretoria, vem por meio da presente nota, prestar esclarecimentos a todos os servidores públicos que prestam serviços no sistema prisional do nosso Estado, em referência ao pronunciamento do presidente do Sindicato, Denys Mascarenhas, na data de 28/11, no plenário da Assembleia Legislativa, em reunião da Comissão de Segurança.

Esclarecemos que o escopo da fala do presidente foi tão somente para chamar a atenção do Poder Público para as deficiências do sistema prisional, essencialmente para o baixo efetivo de policiais penais nas unidades prisionais.

A responsabilidade pela falta de segurança, pelo baixo número de servidores, pelas péssimas condições de trabalho é e sempre será das autoridades gestoras do sistema e nunca será do servidor público, como ocorre há tempos. O SINPP/ES, na condição de entidade representativa dos policiais penais, jamais lançaria mácula aos prestadores de serviços, guerreiros que estão na labuta, no dia a dia, guardando presos em todas as unidades prisionais.

O lançamento de novos concursos para o ingresso no cargo público de policial penal é de extrema urgência, pois após o advento da norma constitucional federal que criou a instituição polícia penal, somente por meio de certame público, será possível o ingresso na carreira. E isso é o que o SINPP/ES busca, como medida para dar dignidade a todo o prestador de serviços inserido no sistema penal do nosso Estado.

O SINPP/ES tem consciência de que o prestador de serviços, não pertencente ao quadro de servidor efetivo, não goza da estabilidade e segurança necessárias para o desempenho do seu dever legal e, ainda, é a parte mais vulnerável, na justa medida em que a sua prestação de serviços tem prazo determinado de vigência. E, após o decurso do prazo contratual, o prestador de serviços retoma a sua vida comum, com o viés de ter trabalhado no sistema prisional, fato que pode trazer fragilidade à sua segurança.

Assim, o SINPP/ES entende esclarecida a fala do presidente Denys Mascarenhas e conclama a todos os servidores e prestadores de serviços inseridos no sistema prisional do nosso Estado, para a união e luta, pois a regulamentação do cargo é objeto de definições por parte do Governo do Estado”.

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Comentários

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Uma resposta

  1. Triste e vergonhosa a fala desse senhor em plena assembleia, mostra a total falta de respeito e consideração com os DTs que seguram o sistema prisional há anos.
    Não é a geografia da cidade, não é morar ao lado do meliante , não é ser DT ou Policial Penal que faz a pessoa “se vender à facção” , e sim a falta de caráter, não ter índole faz uma pessoa “se vender”. Peço respeito aos profissionais, respeito as pessoas que diariamente colocam sua vida em risco para manter o sistema prisional funcionando e com a metade dos direitos dos policiais penais (e 100% dia riscos), mas acima de tudo deixo claro que se há alguem “brincando de fazer segurança” não somos nós, pois somos OS EQUIVALENTES e garantimos a segurança do presídio, da comunidade e da sua família. Exigimos respeito.

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