Redação
A eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a reeleição do governador Renato Casagrande (PSB) no segundo turno deste pleito de 2022, que ocorreu no domingo (30), pautaram vários discursos na reunião ordinária desta segunda (31).
O 1º vice-presidente da Casa, deputado Marcelo Santos (Podemos), cumprimentou Renato Casagrande e Lula pelo sucesso conquistado nas urnas. Ele afirmou que a pouca diferença no resultado da eleição presidencial, apenas 1,8% pró Lula, mostra que o país está dividido e precisa de um “maestro” para unir a Nação.
Marcelo frisou que é necessária grandeza política para quem venceu, no caso Lula, entender que não é mais líder apenas de uma parte da população ou de um grupo de pessoas, mas de todo o Brasil.
Orçamento secreto
A petista Iriny Lopes refletiu que vencido o desafio de ganhar as eleições uma tarefa “gigantesca” se apresenta a Lula e às forças políticas que lhe darão sustentação, pois é preciso superar várias batalhas, a primeira delas, em seu entendimento, acabar com o orçamento secreto.
Ao citar que o novo governo a ser construído por Lula precisa tirar de forma urgente o país do mapa da fome e criar postos de trabalho para 33 milhões de desempregados, Iriny enfatizou que o orçamento secreto precisa ser extinto.
“Queremos saber o destino de cada centavo que será gasto, principalmente os contidos nas verbas destinadas aos mais necessitados”, argumentou.
A deputada pontuou que a eleição de Lula serve de exemplo para se olhar à frente e enxergar os novos desafios. “Precisamos superar as mazelas sociais, econômicas, ambientais e humanitárias herdadas da atual gestão federal”. Ela parabenizou o governador Renato Casagrande pela reeleição e disse que, apesar de atualmente não se encontrar na base do chefe do Executivo, vai continuar somando nas iniciativas de interesse dos capixabas.
Referência no país
Bruno Lamas (PSB), que faz parte do grupo de sustentação de Casagrande, disse que os 53,8% dos votos conferidos ao governador representam a aprovação de uma gestão que mantém o estado equilibrado no quesito fiscal.
Lamas destacou que a responsabilidade fiscal e a eficiência na execução das políticas governamentais transformaram o Espirito Santo na unidade mais transparente da Federação, e com as melhores notas nas avaliações do ensino médio.
Ele disse ainda que a pandemia exigiu do governador e do secretariado responsabilidade na condução do estado, que enfrentou ainda graves problemas com enchentes históricas.
Bruno Lamas acrescentou que por ser municipalista Casagrande tem realizado obras em todas as cidades capixabas e tem como desafio seguir nesse caminho.
A também pessebista Janete de Sá, outra integrante da base do Executivo, afirmou que o povo optou pela continuidade do projeto político de Renato Casagrande por reconhecer no trabalho dele o melhor para o Espírito Santo.
Ela também citou entre as realizações do governador a execução de obras em todos os municípios no ES.
“Os eleitores que deram vitória ao governador querem que essas obras não parem e que o estado continue respeitado no país devido à responsabilidade na gestão fiscal”, disse.
Emilio Mameri (PSDB) considerou importante a reeleição de Renato Casagrande e também citou obras em andamento em todo o estado que precisam ter continuidade.
“Precisamos melhorar em muitas coisas, e o próprio governador citou isso na campanha, e virão novas ações na educação, na saúde e na área social”, projetou.
Oposição
Do grupo da oposição, apenas o deputado Delegado Danilo Bahiense (PL) subiu à tribuna para parabenizar o governador pela reeleição, estendendo as felicitações ao vice eleito Ricardo Ferraço (PSDB), e também ao candidato derrotado Carlos Manato (PL), a quem ele apoiava.
Bahiense aproveitou a ocasião para cobrar de Casagrande diminuição de filas para a realização de cirurgias eletivas na rede estadual de saúde, em especial as operações para transplantes de córneas.
Segundo Bahiense, mais de 700 pessoas aguardam por transplantes de córneas no estado, já que foi paralisado esse serviço, que era realizado mediante coleta de córneas retiradas de pessoas falecidas, após doação da família, no Departamento de Medicina Legal (DML) de Vitória.
Ele cobrou ainda de Casagrande realização de concursos públicos para diminuir o déficit de pessoal nas policias Civil e Militar e investimentos na área de inteligência em segurança pública.