quarta-feira,
04 de dezembro de 2024

Caso Arnaldo Tesch em Santa Maria de Jetibá: Promotores de Justiça ratificaram a tese de acusação e esclareceram pontos da denúncia contra pai e filha

Redação

 

Os promotores de Justiça do Júri de Vitória do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) que atuarão no júri do Caso Arnaldo Tesch, em entrevista coletiva à imprensa na terça-feira (19/07), ratificaram a tese de acusação e esclareceram pontos da denúncia contra pai e filha, Remi Pereira dos Santos e Gilvana Pires Pereira Tesch, acusados de matar o empresário em Santa Maria de Jetibá. O julgamento dos dois está marcado para o dia 21 de julho de 2022, a partir das 9 horas, no Fórum de Vitória.

 

Eles são acusados de planejar o assassinato do esposo de Gilvana, Arnaldo Tesch, morto em 10 de outubro de 2012, com uma facada no peito dentro da serraria dele, em Santa Maria de Jetibá, região serrana do Estado.

 

De acordo com a denúncia do MPES, três homens invadiram a serraria e renderam Arnaldo Tesch e o sogro. O motivo do crime seria a possível separação do casal, que, caso fosse efetivada, deixaria pai e filha sem fonte de renda. Diante disso, Gilvana convenceu o empresário a fazer seguros de vida com valores altos no nome dela. Na sequência, teria contado com a ajuda do pai para matar o marido, ficando com o dinheiro do seguro.

 

Bruno Simões Noya de Oliveira e Leonardo Augusto de Andrade Cezar dos Santos, promotores de Justiça do Tribunal do Júri de Vitória, onde será realizado o julgamento, explicaram em detalhes de como foi o crime. Para eles, foi montada uma encenação, de modo a deixar a entender que um dos réus, o Remi, também teria sido vítima de um assalto. “Mas na cena do crime ele aparece com uma atitude que não coincide com a de uma vítima. Um detalhe importante é que quem tinha o controle das filmagens era a ré (Gilvana) e ela criou todo tipo de dificuldade para que as imagens chegassem às mãos da polícia. Outro fato é que a vítima foi assassinada em um ponto cego das câmeras de segurança do local. Só quem tinha o conhecimento disso era quem tinha acesso ao controle do monitoramento: a Gilvana”, esclareceu Leonardo.

 

Para Bruno Simões, as provas carreadas ao processo são robustas. “A gente vai lutar pela condenação. Nós temos a certeza de que existem provas mais que suficientes para se fazer justiça. Acreditamos também que os jurados terão essa mesma convicção quando essas provas forem mostradas" avaliou.

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