Foto: Sesa
Redação
Frequentemente são noticiadas informações de contágio de zika vírus por meio da picada do mosquito Aedes aegypti, mas o que muitas pessoas não sabem é que a doença pode ser transmitida por mais duas formas diferentes. Além da contaminação pelo vetor, o vírus pode ser passado durante relações sexuais ou de mãe para filho durante o período da gestação.
O feto infectado pode desenvolver lesões cerebrais irreversíveis que comprometem toda a estrutura em formação, provocando em algumas crianças o nascimento com microcefalia. As sequelas apresentam variações de intensidade de acordo com cada caso. Já a transmissão sexual ocorre por meio do sêmen, fluidos vaginais ou sangue menstrual.
Segundo o chefe do Núcleo Especial de Vigilância Ambiental, Roberto Laperriere Júnior, é importante que os indivíduos que viajam para áreas com notificações de zika tenham cuidados redobrados, entre eles a utilização de preservativos durante as relações, além de usos de repelentes, mosqueteiros, entre outros.
“É importante que as pessoas que estejam com o vírus ou passaram por locais que possuem casos notificados da doença, utilizem preservativos nas relações sexuais para evitar o contágio do parceiro. Os cuidados devem ser redobrados caso a parceira esteja grávida”, alertou o profissional.
Além disso, os cuidados para evitar a proliferação do Aedes aegypiti, vetor responsável pela transmissão de dengue, zika e chikungunya, devem permanecer durante todo o ano. O coordenador destaca que a limpeza dos quintais e objetos que acumulam água deve ser realizada semanalmente, interrompendo o ciclo biológico do mosquito.
“É importante minimamente fazer a limpeza semanal, pois temos que considerar o ciclo biológico do mosquito que ocorre entre três a oito dias. Eliminando o foco nesse período, conseguimos inibir a proliferação”, destacou Laperriere Júnior.
Sintomas da zika
Os sintomas mais comuns da zika vírus são: febre baixa, dor nas articulações, dor muscular, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, conjuntivite, erupções cutâneas avermelhadas que podem coçar, dor abdominal (pouco comum), diarreia (pouco comum), constipação (pouco comum), pequenas úlceras na mucosa oral (pouco comum).