Entre os quatro maiores municípios da Grande Vitória, Vila Velha, e os municípios do interior Rio Novo do Sul e Marechal Floriano, foram o que perderam mais recursos federais nos últimos 19 anos, segundo dados da Controladoria Geral da União (CGU).
O primeiro colocado geral do ranking dos que mais perdem recursos é Rio Novo do Sul, que executou apenas 21% dos convênios firmados com a União. O município da região serrana, Marechal Floriano, é o 4º do ranking da CGU, com 76% de execuções dos convênios.
Presidente da Amunes admite que haja falhas em projetos
O presidente da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), Dalton Perim, que também é prefeito de Venda Nova do Imigrante, confirma que existem falhas na execução de projetos pelas prefeituras, mas afirma que a burocracia é o maior entrave para captação de recursos federais.
“Primeiramente, a burocracia é muito grande. É feito o empenho, com relação às emendas, mas depois para aprovar o projeto demora demais. As equipes técnicas do governo federal são muito burocráticas e exigentes. Cria-se um ambiente de dificuldade dos municípios”, justificou.
O prefeito afirma ainda que os deputados federais têm ajudado bastante, mas em algumas situações as emendas têm contrapartidas muito altas e não interessam aos municípios, o que termina com a perda dos recursos.
Contrapartida é o dinheiro que o município deve investir para complementar a verba liberada pelo governo federal, em alguns casos.
Os deputados da bancada federal capixaba afirmam que fazem sua parte na captação de recursos para o Estado, mas que problemas diversos atrapalham a liberação das verbas federais para o Espírito Santo e seus municípios.
Lelo Coimbra (PMDB) afirma que existe muita deficiência técnica nas prefeituras. “Isso atrasa o envio de projetos e o deputado tem que estar sempre atento para não perder a verba”, disse.