Redação
Paulo Hartung (PMDB) está fazendo a montagem de sua equipe governo e diante dos nomes que aparecem, até o momento, sejam de quadros técnicos ou de antigos aliados políticos do peemedebista, as lideranças políticas que estiveram com ele na campanha começam a cobrar espaço.
Neste sentido, o mercado político vem acompanhando de perto as movimentações do peemedebista com o PT. O partido vive uma discussão interna sobre o assunto, mas a tendência é de que a cúpula passe por cima da resistência das correntes.
O PT não esteve com Paulo Hartung na campanha, até porque Hartung fez campanha para o adversário nacional do partido, Aécio Neves (PSDB). Os tucanos ocupam, inclusive, a vice-governadoria eleita, com César Colnago. Mas assim que o pleito terminou as articulações entre Hartung e os petistas começaram a ser observadas pelo mercado.
Apesar da resistência de algumas correntes do partido, as conversas com Hartung já estariam adiantadas com a cúpula do PT. O presidente João Coser já estaria discutindo quais os espaços que o partido teria no novo governo. Mas a negociação esbarra na resistência do PSDB em ceder espaço para o PT.
Segundo a coluna Plenário (A Tribuna, 24/11), os tucanos aceitam uma acomodação do PT no governo, mas não concordam com a cessão de uma secretaria. Embora critiquem os petistas, os tucanos também não vão suprir a lacuna.
Os nomes do PSDB que podem ocupar vagas no governo são mais conhecidos por sua ligação com o governador do que com os laços partidários, como Anselmo Tozi e GuerinoBalestrassi.
Mas não é só a queda de braço entre PT e PSDB que vem chamando a atenção da classe política sobre o secretariado de Hartung. As siglas que estiveram com o governador eleito na campanha também querem acomodação.
Os partidos que estiveram coligados com Hartung, além do PSDB, são o DEM, o SD, o Pros, PRP e PEN. Esses partidos também querem acomodação no governo. Hartung teria convidado o deputado federal Jorge Silva (Pros) para ocupar um lugar na equipe, mas ele teria recusado. O PEN estaria cotado para uma eventual secretaria de Direitos Humanos, com o deputado estadual eleito Rafael Favatto. Mas se o acordo com o PT for costurado, esta seria a área que o PT vem assumindo nos últimos anos no Palácio Anchieta.
O PDT não esteve coligado com o PMDB, mas o ex-prefeito da Serra apoiou informalmente Paulo Hartung, o PDT também seria contemplado na articulação com o Palácio Anchieta. Essa discussão deve se estender neste fim de ano, embora os meios políticos acreditem que o anúncio do secretariado aconteça no início de dezembro, essas discussões partidárias ainda estão em aberto.