O agronegócio capixaba fechou o ano de 2013 com US$ 1,84 bilhão em produtos exportados. O valor equivale as 2,65 milhões de toneladas comercializadas para o exterior entre os meses de janeiro a dezembro e o desempenho confirma a retração esperada em relação ao ano de 2012. Comparando os períodos, o valor e o volume total exportado em 2013 registraram quedas de 9,7% e 3,7%, respectivamente.
“O ano passado também ficou marcado pelos reflexos da persistente crise mundial que impactou negativamente o comércio internacional como um todo e também os produtos exportados pelo agronegócio capixaba, onde os preços médios foram baixos para quase todos os principais itens da nossa pauta de exportações, principalmente os do complexo café. Mas, mesmo com preços baixos, praticamente não perdemos espaço no mercado externo, pois o volume exportado caiu muito pouco, o que comprova a competitividade do setor”, destaca Enio Bergoli, secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca.
A celulose e o café são os dois produtos que mais geram divisas no agronegócio capixaba, com aproximadamente 90% do total. Açúcar de cana, com US$ 35,6 milhões exportados, ocupa a terceira posição do ranking, sendo seguido pelas pimentas do reino e rosa, chocolates e preparados de cacau, carne bovina e mamão. Compõem ainda as exportações produtos como lagostas, noz macadâmia, gengibre e peixes ornamentais.
Alta
Com alta de 118%, o gengibre registrou o melhor crescimento nas exportações do agronegócio do Espírito Santo. Os valores de 2013 superaram US$ 4 milhões, ante US$ 1,8 do ano anterior. “A recuperação das exportações de gengibre, explicada principalmente pelos preços médios internacionais que foram superiores em 84%, é muito importante para o interior capixaba, pois é uma atividade típica da nossa agricultura familiar, localizada em pequenas propriedades rurais”, pontua o secretário.
Outro grupo que apresentou elevação e pode ser considerado uma boa surpresa foi a exportação de lagostas, que quase atingiu US$ 5 milhões.
Baixa
Com retração de quase 19%, o complexo café (verde, solúvel e torrado) foi o principal responsável pela queda global nas exportações capixabas. O acumulado de 2013 das vendas internacionais do produto gerou US$ 110 milhões a menos em divisas. “Exportamos em volume até um pouco mais de café em relação a 2012, mas os preços muito baixos condicionaram a uma redução muito acentuada na geração de divisas para um produto que é fundamental para a economia agrícola capixaba”, afirma Bergoli.